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RCC Responde 

Para não ficar dúvidas sobre o que fazer

O conteúdo disponibilizado aqui está também publicado na série “RCC Responde”, número 12, da editora RCCBRASIL. O material tem como objetivo esclarecer a atuação desse Ministério, dando a todos os leitores uma visão geral de sua finalidade e atuação, respondendo as dúvidas mais frequentes e orientando os jovens e líderes do movimento sobre o mesmo.

Sobre o ministério

1. Qual é a finalidade do Ministério Jovem?

A partir do Grupo de Oração, evangelizar, formar, assistir, orientar e motivar os jovens, dentro da identidade da Renovação Carismática Católica.

2. Como ele se organiza?

O Ministério Jovem, como um serviço na RCC em vista dos jovens, ele se organiza acompanhando as diversas instâncias de coordenação da RCC (Nacional, Estadual, Diocesano/setorial ou forânio) e em especial no Grupo de Oração.

3. O Ministério Jovem é um ministério de “estado de vida” ou de serviço?

Primeiramente, é bom corrigirmos o uso do termo “estado de vida” e entender melhor o seu significado. Normalmente, estado de vida se refere à vocação específica de uma pessoa (casado, celibatário, clérigo). Em relação à juventude o correto seria não usar esse termo, e sim substituí-lo por faixa etária ou fase de vida.

De fato, a juventude pensada enquanto fase da vida se refere ao período entre a infância e a maturidade, que pode variar um pouco de pessoa para pessoa. Enquanto faixa etária, no Brasil, para efeito de políticas públicas, a juventude é compreendida entre os 15 e 29 anos.

Todo ministério é um serviço. Portanto, também seria redundante falar “ministério de serviço”, pois todo ministério é um serviço. O termo ministério vem de latim ministrare que significa servir, que por sua vez é a tradução da palavra grega, diakonia.

Pensando no Ministério Jovem enquanto serviço é evidente que ele se dirige ao jovem. Os jovens são os destinatários desse ministério. Embora possa realizar atividades que beneficiem adolescentes, adultos, idosos, é o jovem o seu alvo principal e centro de sua atuação. Isso já filtra bem quem deve participar de maneira especial dos eventos, reuniões, formações realizadas por este ministério.

Agora, em relação às pessoas que exercem esse Ministério, a reflexão precisa ser mais ampliada.

A evangelização dos jovens compete a toda a Igreja. Mas a experiência da Igreja reconhece e ensina que o jovem é o evangelizador privilegiado de outros jovens. Essa afirmação é repetida em muitos documentos da Igreja .

Porém, sabemos que normalmente se considera ministério o carisma que assume uma forma serviço à comunidade, e que por esta é acolhido e reconhecido . Portanto, é certo dizer que há pessoas que tem um “carisma” especial para evangelizar os jovens, mesmo não sendo mais jovens de idade, pois sabem falar ao seu coração, dominam a sua linguagem, e muitas dessas pessoas mesmo sendo adultas, casadas, padres, freiras, celibatários, continuam com enorme capacidade de atrair e mobilizar os jovens. Nesse sentido, não há razão para elas não continuarem exercendo esse Ministério em favor dos jovens. Lembrando que essas exceções, não podem substituir e nem abafar ou diminuir o protagonismo juvenil nesse Ministério.

Com base no que expomos acima, o Ministério Jovem é um verdadeiro serviço na RCC, pois existe com a finalidade de servir os jovens. E entende que embora possa haver pessoas “adultas” com um carisma especial para lidar com eles, fica claro pelo Magistério da Igreja que esse “carisma” está expresso na “própria pessoa do jovem” que assume o mandato de evangelizar os mesmos da sua idade. Essa visão foge um pouco da nossa comum reflexão sobre dos carismas em geral. No entanto, é preciso considerar o jovem como lugar teológico e acolher o que Deus fala através dele. Isso é fundamental:

Concluímos então que na “fase da juventude” existe uma tarefa especial para que o jovem assuma a evangelização de outros jovens de forma prioritária, porém não exclusiva. Podendo, em alguns casos esse chamado específico ser estendido à sua vida adulta ou não. Pois que, o natural é que o jovem tornado adulto, ele por sua vez, abra espaço para os outros jovens assumirem essa tarefa.

4. Todos os jovens da RCC devem participar do Ministério Jovem?

O Ministério Jovem visa atingir e acompanhar os jovens participantes do Grupo de Oração, isto é, os jovens da RCC, que tem como sua base os Grupos de Oração. Dessa forma, é bom que esses jovens participem das atividades desenvolvidas por esse ministério.

Em relação aos servos jovens, sabemos que muitos deles estão envolvidos também com outros ministérios (música, pregação, intercessão, e outros). Assim é compreensível que esses servos jovens estejam mais ligados às formações e atividades relacionadas ao ministério que exercem. Embora não impedindo que em algum momento possam contribuir com seus dons para o Ministério Jovem, como acontece em diversos lugares.

Assim, é importante distinguir quem exerce o Ministério, ou seja, quem serve, de quem é servido. Nem todos os jovens da RCC devem servir no Ministério Jovem, mas o ideal é que todos os jovens que participam da RCC beneficiassem-se da atuação desse Ministério.

Projeto Aqui tem jovem

5. Como o Ministério Jovem atua no grupo de oração?

De duas maneiras:

  • Através da implantação deste Ministério nos Grupos de Oração (entenda-se aqui (GO) os grupos de oração na sua maioria, ou seja, os grupos mais comuns, também considerados grupos “mistos”, onde participam dele adultos, jovens, adolescentes, crianças, etc.). Existe um Projeto de implantação nacional do Ministério Jovem nos GO que se chama “Aqui tem Jovem, Aqui tem Fogo”.
  • Através dos “Grupos de Oração Jovem” (GOJ). Grupo de Oração Jovem é a expressão que utilizamos aqui para indicar aqueles que Grupos de Oração que concentram somente ou predominantemente a participação de jovens e que na maior parte também é coordenado e dirigido por jovens. Existem vários GOJ espalhados pelo país.

6. Em que consiste o projeto Aqui tem jovem?

Consiste na implantação do Ministério Jovem nos Grupos de Oração “Mistos”.  Com o intuito de oferecer um serviço de acompanhamento específico dos jovens participantes do Grupo de Oração.

Usamos aqui o termo Grupo de Oração “Misto”, para não confundi-los na nossa exposição com os chamados Grupos de Oração “Jovem”. Pois esses Grupos de Oração “Mistos” na verdade são os Grupos de Oração na sua grande maioria, isto é, os mais comuns, pois deles participam adultos, jovens, adolescentes, crianças, etc.

7. Por que falar projeto "Aqui tem jovem" e não direto de implantação do MJ nos GOs?

Todo projeto é um projeto, ou seja, anseia pela realização de algo. Por isso, o anseio desse Projeto é garantir que o Ministério Jovem aconteça nos GO. É evidente que ele traz toda uma motivação para que isso aconteça. Recordamos que o Papa João Paulo II entusiasmou aos jovens na JMJ de 2002 usando uma frase de Catarina de Sena dizendo: “Se fordes aquilo que deveis ser levareis fogo ao mundo inteiro”.

Portanto, se o jovem for o que ele deve ser no Grupo de Oração, ele vai levar fogo para o aquele GO, paróquia, cidade, e onde mais ele estiver. Por isso o anseio do Projeto é levar todos os GO do Brasil a dizerem: “Aqui tem jovem!”, ou seja, há adequado acompanhamento dos jovens, existe espaço para ele, tem um trabalho especifico com a realidade juvenil daquele GO. Mas é claro, que tudo isso já é o Ministério Jovem sendo implantado no GO. E depois de implantado já não existe mais “Projeto” e sim realização. Aí é o Ministério Jovem já implantado que continua com a sua atuação naquele GO testemunhando que ali tem jovem, e por isso tem fogo.

8. Como se implanta o Projeto “Aqui tem Jovem” no Grupo de Oração?

O Coordenador do Grupo de Oração escolhe uma pessoa (de preferência um servo jovem) que vai formar a Equipe do Ministério Jovem naquele GO.  Para um GO normal o ideal é que essa equipe seja composta de cinco (5) membros:

– dois (2) responsáveis (coordenador e auxiliar)

– três (3) colaboradores (que podem ser jovens perseverantes do grupo).

Como dissemos isso é o ideal, mas nada impede que o Projeto comece com menos ou mais envolvidos.

9. Como se dá a escolha do responsável pelo MJ no Grupo de Oração?

Se já existem jovens que participam do GO, o Coordenador do mesmo precisa ser o primeiro a estar convencido de que é importante um trabalho específico com esses jovens, consciente de esses e o todo o Grupo de Oração serão favorecidos por esse trabalho.

É bom que o Coordenador do GO partilhe com seu núcleo o desejo de iniciar esse trabalho, e esses podem ajudar no discernimento da pessoa que ficará responsável pelo mesmo.

O ideal é que se escolha alguém que já seja da equipe de servos do GO, e que de preferência seja um (a) jovem, mas nada impede que um servo adulto inicie o trabalho. Às vezes acontece que o Coordenador do GO coloque um jovem e um adulto juntos, ou um casal, não há problema algum. O importante que o(s) Responsável pelo Ministério Jovem com o auxilio do Coordenador daquele GO forme a Equipe Jovem do GO, que poderá ter jovens perseverantes do GO como colaboradores/ajudantes.

Se o GO é pequeno e não tem muitos servos e nem muitos jovens, o trabalho pode ser iniciar com um servo (a) que acompanhará mais de perto aqueles jovens. Se o GO não possui servos para liderar essa equipe, pode-se com o tempo preparar algum jovem que participa do GO e motivá-lo essa tarefa. De repente despertando mais um membro do GO para o serviço.

10. Que atividades podem ser desenvolvidas pela equipe do MJ no Grupo de Oração?

São inúmeras as atividades, segue abaixo algumas dicas:

  • Ajudar no Cadastro e pastoreio dos jovens do Grupo de Oração;
  • Acompanhar os jovens no Seminário de Vida e Experiência de Oração;
  • Desenvolver atividades específicas para os jovens: lazer no Espírito, momentos de formação, tardes de louvor para jovens, levá-los para retiros, shows de evangelização, eventos jovens diocesanos, visitas a hospitais, asilos, orfanatos, etc.;
  • Colaborar com o Ministério das Artes na apresentação de danças e teatros no GO.

11. Como deve ser as Reuniões do Ministério Jovem dos GO?

Sugerimos da seguinte maneira:

  • Quinzenal (15 em 15 dias): Rezar juntos, abordar temas ligados à realidade do jovem (família, namoro, estudos, amizade, vocação, etc.);
  • Quando essa Equipe estiver mais estruturada pode acontecer periodicamente o chamado Incendeia (Noite/Tarde/Manhã de Louvor dos Jovens do Grupo de Oração). O Incendeia se torna daí em diante o Encontro/Reuniões do Ministério Jovem daquele Grupo de Oração;
  • Nas semanas que não tem reunião, orientamos que tenha alguma atividade fraterna (passeio, esporte, assistir um filme, pizzaria, lanchonete, etc.);

Portanto, as atividades do Ministério Jovem no GO se resumem em intercalar as Reuniões/Encontros (Incendeia) e o Lazer no Espírito (Fraternidade).

12. Que tipo de assunto deve ser trabalhado nas reuniões/encontros do MJ?

Se forem nas reuniões específicas do Ministério Jovem no Grupo de Oração, é importante que se trate com os jovens, temáticas que, normalmente, não são abordadas dentro do Grupo de Oração, ou seja, temáticas próprias da realidade juvenil (família, amizade, namoro, estudos, afetividade e sexualidade, vocação, desafios que um jovem enfrenta no mundo contemporâneo, e outros), como também é o ambiente propício para provocar partilhas, tratar assuntos polêmicos de interesse juvenil, etc. Para abordar o que já é trabalhado nas pregações realizadas no Grupo de Oração.

Essas Equipes Jovens podem ainda organizar encontros, retiros, eventos que tenham como objetivo evangelizar e atrair mais jovens para o GO.

Agora, se forem nas reuniões organizadas pelo Ministério Jovem Diocesano/Forânio/Regional para as Equipes do Ministério Jovem dos GO e Servos de Grupo de Oração Jovem, podem-se trabalhar assuntos ligados à liderança juvenil, identidade carismática, propostas de evangelização da juventude, projetos de missão, encaminhamentos de iniciativas nacionais e estaduais, Projeto Sentinelas da Manhã, Formação na área de afetividade e sexualidade, e outros. Como também é um espaço para a Coordenação Diocesana/Forânia/Regional do Ministério Jovem, reforçar e repassar, assuntos de importante relevância da Coordenação Diocesana da RCC para toda liderança da RCC da Diocese, como também Projetos Nacionais da RCCBRASIL.

E ainda o Ministério Jovem a nível diocesano/regional pode organizar eventos que tenham como objetivo reunir jovens de todos os Grupos de Oração para grandes momentos celebrativos e de evangelização tais como Congressos Diocesanos, Acampamentos, Encontros de um dia, que também tratem de assuntos juvenis numa linha mais querigmática e com espiritualidade carismática, e que seja aberto a outros jovens que queiram participar.

Grupo de oração jovem

13. O que é um Grupo de Oração Jovem?

É um grupo de oração da RCC, com todas as características de um Grupo de Oração comum, ou seja, com oração espontânea, dando ênfase na oração de louvor, com pregação querigmática curta, batismo no Espírito Santo, abertura e uso dos carismas, vida comunitária, e outros.

E a estrutura de organização é a mesma de um grupo de oração comum (coordenação, equipe de serviço, ministério de música, acolhida, etc.).

14. Qual é a diferença então entre um GO misto e um GO Jovem?

Como respondemos acima, a estrutura e organização são a mesmas. Porém as principais diferenças são: Linguagem e Protagonismo Juvenil.

Linguagem: por que normalmente é coordenado por jovens e direcionado para os jovens que dele participam. Assim as orações, as pregações, as músicas, as temáticas, a vivência comunitária estão inseridas dentro de um contexto juvenil. Essa linguagem juvenil tanto atinge diretamente o jovem que ali se encontra como o motiva a engajar-se naquele grupo, e ainda atrai outros jovens para a mesma realidade.

Protagonismo Juvenil: pois na maior parte desses Grupos quem coordena, prega, canta, conduz orações, acolhe, e realiza tantas outras atividades, são os próprios jovens. Assim eles exercem diretamente o protagonismo na evangelização de outros jovens como orienta a Igreja, e também por serem jovens são os que mais e melhor possuem a linguagem que atinge outros jovens, como explicamos acima.

15. Mas é correto chamar esses grupos de Grupo de Oração Jovem?

Não há problema nenhum. Mas também não há uma obrigatoriedade de assim chamá-los. Pois chamá-los somente de Grupo de Oração também é correto, pois é isso que eles são no seio da RCC e da Igreja.

No entanto, de forma geral, é bom que esses Grupos sejam chamados Grupos de Oração Jovem, pois em muitas paróquias apenas os chamam de “Grupo de Jovens”, ou “Grupo de Jovens da RCC”, que é não errado, mas, por vezes podem confundi-los com outros grupos de jovens paroquiais que não estão ligados à RCC. Chamá-los de Grupo de Oração Jovem legitima aquele grupo como um Grupo de Oração da RCC, mas que é diferenciado, porque ele está mais voltado para o público jovem. Assim como um Grupo de Oração Universitário (GOU), que é um grupo de oração, porém traz o adjetivo universitário, para conotar a sua especificidade, da mesma forma o termo Grupo de Oração Jovem (GOJ) especifica a diferença daquele Grupo Oração por estar direcionado para jovens. Essa é a orientação geral que damos para que se expresse Grupo de Oração Jovem sem receio algum.

16. O Conselho Nacional da RCC em algum momento proibiu ou orientou o fechamento dos GOs Jovem?

Nunca saiu do Conselho Nacional da RCC essa proibição e sim orientações para o bom acompanhamento desses grupos. Portanto, o Conselho Nacional da RCC entende e orienta que as Coordenações diocesanas da RCC, não podem reter a ação do Espírito Santo, onde surgirem legitimamente esses Grupos, e sim acompanhá-los, para que esses estejam completamente unidos à estrutura de coordenação da RCC. Pois, por vezes, quando esses grupos surgem e não tem um bom acompanhamento ou há resistência em acolhê-los, os mesmos acabam se afastando do Movimento. Assim as coordenações locais da RCC com o apoio da Coordenação Diocesana do Ministério Jovem, podem e devem ser um auxilio de acompanhamento e formação desses Grupos, respeitando sempre a sua natureza e especificidade, que o diferencia de um Grupo de Oração comum.

17. Existem muitos Grupos de Oração Jovem no Brasil?

Com o último cadastro nacional de Grupos de Oração que foi feito, estima-se a existência de cerca de 2.000 (dois mil) Grupos de Oração Jovem. Sendo que a sua maioria se concentra na região Sudeste e Sul do país. 

18. Quais as vantagens em ter um Grupo de Oração Jovem?

As vantagens são inúmeras:

  • Jovem evangelizando jovem. Ter os jovens como protagonistas dos principais serviços do grupo, desenvolvendo assim responsabilidades para com a evangelização. Criando um ambiente com uma linguagem direcionada, favorecendo a criatividade e o dinamismo, como por exemplo, a montagem de ambientes de acordo com o tema a ser trabalhado, tais como dia do amigo, vocações, dia dos pais, das mães, festa junina, etc.;
  • Tem trazido um grande benefício para as Igrejas Particulares e para a RCC de modo geral. Muitas vezes sendo a única expressão eclesial juvenil de uma paróquia. E às vezes acaba por ser a única presença do Movimento da RCC naquela paróquia, que não estaria ali de outra forma;
  • Abre uma ampla possibilidade de participação de jovens que estudam e só podem participar de Grupo de Oração no final de semana, pois a maior parte desses Grupos de Oração Jovem acaba sendo de final de semana, ou em horários alternativos como depois das 22 horas, após os estudos;
  • É uma alternativa para presença de jovens que não se identificam em participar de Grupos de Oração mistos;
  • Esses Grupos muitas vezes trazem grande sentimento de pertença do jovem a uma vida comunitária mais intensa, apropriada a sua idade. Pois o jovem cria com maior facilidade laços de amizade. Diferentes de um adulto, após o Grupo de Oração os jovens querem e podem ficar conversando até mais tarde, ou sair para um lanche ou um passeio, ou para ir assistir um filme na casa de um amigo do grupo, e tantos outros fatores próprios que atende esse anseio de pertença;
  • Muitas lideranças do RCC surgiram desses Grupos de Oração Jovem;
  • Muitas vocações à vida consagrada, matrimonial, missionária, sacerdotal, surgiram também desses Grupos.

19. Pode apresentar dança e teatro no GOJ?

O GOJ é, sem dúvida, um local privilegiado para que se trabalhem essas expressões artísticas, pois é algo que atrai a atenção da juventude, portanto, é sim de grande valia ter momentos de apresentações artísticas, contudo, devem ser inseridas com moderação sem que a reunião de oração perca sua estrutura, e jamais se tornando uma prioridade.

Ressaltamos que quando existe equipes de teatro e dança dentro do GO é importante esses buscarem orientação e formação junto ao Ministério de Música e Artes que tem materiais formativos e recomendações precisas para a atuação artística no GO ser cada vez frutuosa.

20. O GO Jovem tem todos os direitos e deveres de um GO comum?

Essa pergunta é muito importante, pois por vezes existe muita confusão nesse sentido. Vejamos alguns pontos importantes:

  • Se é um Grupo de Oração então ele deve ter uma estrutura mínima para ser considerado como tal e garantir a sua realização: núcleo do GO, reuniões semanais, lugar definido, coordenação, equipe de servos, e outros;
  • Deve ser estar cadastrado também como Grupo de Oração na diocese e na RCCBrasil;
  • Não precisa estar subordinado a um “Grupo de Oração Mãe” ou “Grupo de Oração Adulto”, mas sim ter a sua autonomia como um Grupo de Oração comum, tendo com os outros Grupos de Oração uma relação de comunhão, consulta, orientação;
  • Os servos devem passar pela formação básica do Movimento e buscar orientação e formação para os ministérios existentes no Grupo (música, pregação, intercessão, e outros);
  • A coordenação do Grupo deve ter direito de votar e ser votado em eleições para coordenadores locais (paroquial, regional, diocese) se o estatuto local dá esse direito à Coordenadores de Grupo de Oração;
  • O núcleo do GO precisa se reunir separadamente antes do dia do Grupo de Oração para prepará-lo adequadamente;
  • É bom, a equipe de serviço, reunir-se para orarem juntos antes de iniciar o GO.

21. Tendo autonomia, os GOs Jovem não correm o risco de estarem fora da unidade com a RCC?

Todos os Grupos de Oração precisam de autonomia para atuar, e nem por isso caminham independentes, ou seja, sem comunhão com a RCC como um todo. É uma prática comum no seio da RCC um Grupo de Oração mais experiente por vezes ajudar e acompanhar os primeiros passos de um Grupo de Oração que se inicia. Essa prática é muito válida para os Grupos de Oração Jovem iniciantes, mas tem que chegar uma hora que os jovens caminhem por si mesmos, e respondam com responsabilidade por aquele Grupo de Oração Jovem que coordenam.

22. Os servos do GOJ também são obrigados a servir no Grupo de Oração Misto?

Não. Já citamos que as únicas diferenças entre os dois são a linguagem (portanto, específica para o público jovem) e o protagonismo (já que, na maioria dos serviços encontramos jovens). Isso significa que esse GOJ tem sua própria coordenação, reuniões de servos/núcleo, etc. Se esses jovens fossem obrigados também a servir em um Grupo de Oração Misto, na verdade, eles precisariam participar de duas reuniões de oração, duas reuniões de equipe/servo e assim por diante, tudo, ao longo de uma semana. Contudo, é extremamente benéfico que em algumas ocasiões, o Coordenador do GOJ participe das reuniões do Grupo de Oração Misto de sua comunidade e vice-versa, gerando assim, unidade e proximidade.

23. Quem deve pastorear o GO Jovem: a coordenação diocesana da RCC ou a MJ?

A obrigação do pastoreio de todo Grupo de Oração é da coordenação diocesana. Mas a coordenação diocesana da RCC por vezes delega algumas funções a outras pessoas para atuar em nome dela para algo específico, um exemplo disso é a função dos ministérios.

Vamos usar como exemplo simples os GOU’s (Grupos de Oração Universitários) por serem grupos de oração voltados para os universitários os mesmos se identificam com o Ministério das Universidades Renovadas e são acompanhados por eles.  Assim é com o Grupo de Oração Jovem, que por sua característica jovem se identifica com o Ministério Jovem, e não poderia ser diferente, pois o Ministério Jovem existe para servir especialmente aos jovens da RCC, portanto ele tem o dever de ajudar a pastorear esses Grupos, por ser um serviço da coordenação diocesana para os jovens, que leva para esses Grupos a orientação da Coordenação Diocesana da RCC, e por sua vez leva à Coordenação Diocesana da RCC a realidade desses Grupos. Isso não impede a Coordenação Diocesana da RCC de também orientar esses Grupos diretamente. O diálogo, a maturidade, o bom senso, o entendimento e o respeito do papel de cada um, como também o espírito de equipe diminui muitos conflitos.

24. O coordenador do GOJ precisa participar das reuniões Diocesanas do MJ?

Sim, para que cada GOJ esteja em unidade com os direcionamentos, formações, orientações e moções voltadas para seu público, no caso, os jovens.

25. E em relação às reuniões diocesanas da RCC com todos os coordenadores dos GOs?

O GOJ é como já citado, um grupo de oração pertencente à RCC, portanto, o coordenador do mesmo deve, também, participar desses momentos.

26. A necessidade de estar tantos nas reuniões do MJ quanto da RCC em geral não sobrecarregaria?

Temos que considerar que estamos tratando de um GOJ, em geral, as coordenações desses grupos, em sua maioria, são jovens que não são casados e não possuem certas obrigações que os impeça de estar em todos esses momentos, contudo, nada impede que o mesmo solicite a um auxiliar para que fique responsável por participar das reuniões diocesanas do Ministério Jovem, ou vice-versa, uma forma, inclusive, de envolver mais ainda outras lideranças do GOJ nas responsabilidades, dando a ele a imcumbência  de responder em nome do GOJ e de repassar o conteúdo de uma eventual reunião. Mas uma vez o diálogo, a boa comunicação e a maturidade ajudam muito.

27. Qual o mais importante, Projeto Aqui tem Jovem ou o Grupo de Oração Jovem?

Cada um tem a sua importância. Embora atuem de maneira diferente, partilham de um mesmo propósito: levar aos jovens do Movimento a experiência da efusão do Espírito Santo e uma vida no Espírito.

28. Se na minha diocese/cidade há muitos GOJ para quê então o Projeto Aqui tem Jovem?

Que bom que existem esses Grupos de Oração Jovem na sua diocese/cidade. Vamos pensar da seguinte maneira, com um exemplo:

Determinada diocese possui 100 Grupos de Oração (GO). Dentre esses 100 GO, 10 são Grupos de Oração Jovem, e 90 são Grupos de Oração comuns. Certamente esses 90 GO tem inúmeros participantes jovens, portanto, é necessário um trabalho específico com eles. Daí a importância da presença do Ministério Jovem nesses Grupos de Oração “mistos/comuns”, implantando neles o Aqui tem Jovem.

Se esses 90 Grupos tiveram o Ministério Jovem implantado são 90 equipes jovens trabalhando, fomentando, gerando vida e dinamismo em 90 Grupos de Oração. Além de suscitar mais lideranças para o mesmo GO.

Para esses lugares onde há muitos Grupos de Oração Jovem vale a orientação de que a tarefa de acompanhar os jovens na RCC não pode ser delegada apenas a Grupos de Oração específicos para eles (GOJ), mas que o Ministério Jovem deve atuar com os jovens de todos os Grupos de Oração, e a maior parte desses GO são comuns/mistos.

29. Na minha diocese/cidade todos os Grupos de Oração já implantaram o Projeto Aqui tem Jovem, portanto já tem a atuação do Ministério Jovem neles. Por que então ainda precisa haver Grupos de Oração Jovem?

Se foi implantado e está dando certo, ótimo! Mas o precisamos tomar cuidado é de não querermos enquadrar tudo em um esquema rígido, que não permite a ação do Espírito Santo de forma diferente. Pois em muitas dessas realidades acabam por não permitir a existência de Grupos de Oração Jovem quando esses surgem ou querem surgir de maneira legítima. Portanto, é preciso garantir que o jovem tenha liberdade de agrupamento. Pois pode haver jovens que desejem atuar em Grupos específicos para eles. O importante é que as Coordenações locais da RCC estejam preparadas para se aproximar, dialogar, entender e avaliar as reais motivações do surgimento daqueles Grupos de Oração Jovem, para não correr o risco de “extinguir o Espírito”.

30. Em que Grupo de Oração devo implantar o Ministério Jovem (através do Projeto Aqui tem Jovem)?

É lógico que é nos Grupos de Oração “mistos/comuns”, onde há a participação de jovens. Seria contraditório querer implantar o Ministério Jovem nos Grupos de Oração Jovem, pois esses grupos por sua natureza já exercem um Ministério para Jovens, sendo um Grupo de Oração voltado para o público juvenil. No entanto, vale recordar que o Grupo de Oração Jovem deve estar muito atento às necessidades desse público jovem, oferecendo além da espiritualidade carismática, uma evangelização integral que esteja atenta as temáticas de interesse juvenil, como a atenção à convivência, o lazer, os retiros, os encontros para jovens, e outros. Essas ricas orientações são as mesmas que se dão no Projeto Aqui tem Jovem em relação aos Grupos de Oração Mistos, e é o que normalmente se espera que aconteça nesses Grupos de Oração Jovem.

31. Porque o Projeto “Aqui tem Jovem, Aqui tem Fogo” é tão importante?

Porque ele favorece e melhora a participação dos jovens no Grupo de Oração. De fato a presença de jovens em um Grupo de Oração traz mais “FOGO” para aquele GO, pois a presença deles traz alegria, dinamismo, entusiasmo, que é próprio dos jovens. E é fato que esses jovens presentes nos Grupos de Oração Mistos irão amadurecer e assumir, chegando inclusive a assumir a liderança desses GO e dos diversos ministérios ali existentes, de forma a manter o Movimento da RCC cada vez mais vivo e atuante.

32. Eu posso criar um Grupo de Oração Jovem a partir do Projeto Aqui tem Jovem?

Sem dúvida uma das maiores dificuldades enfrentadas para a implantação do Projeto Aqui tem Jovem (ou seja, do Ministério Jovem) é a resistência das coordenações de Grupos de Oração, que tem medo de perder os jovens dos GO. Muitos pensam que com a implantação do Projeto Aqui tem Jovem, os jovens serão em pouco tempo “arrancados” daquele GO para formar outro GOJ à parte. Como já foi explicado, o Projeto Aqui tem Jovem não tem esse objetivo. E sim garantir que o Ministério Jovem atue em todos os Grupos de Oração do Brasil. No entanto, não se pode desconsiderar a hipótese de que em alguns casos isso possa acontecer. Daí mais vez surge a necessidade das coordenações locais da RCC se aproximarem desses jovens para conhecerem suas reais motivações e orientá-los corretamente. Pode acontecer alguma exceção, de surgir algum GOJ. O que não pode é a exceção virar a regra, pois essa não é a finalidade do Projeto Aqui tem Jovem. Porém, pior ainda seria impedir que a implantação do Ministério Jovem no GO por um medo desnecessário.

33. Podemos formar mais Grupos de Oração Jovem?

Claro que sim. Como já citamos acima, não podemos reter a ação do Espírito. Porém, o Espírito de Deus é um Espírito de ordem e não de confusão. Podem ser criados a partir de uma real necessidade, de maneira ordenada, se forem bem acompanhados e orientados. Mesmo nas dioceses que só possuem trabalhos focados no Projeto Aqui Tem Jovem nos Grupos de Oração “mistos” podem-se formar esses Grupos de Oração Jovem.

O Planejamento estratégico da RCCBrasil para o ano de 2010-2017 tem como um dos seus objetivos: “orar e trabalhar pela criação de grupos de oração em locais afastados das sedes paroquiais e das capelas onde eles já existam”. E ainda a cada ano: “cada Grupo de Oração deverá gerar, sob a unção do Espírito Santo, pelo menos mais outro Grupo, preferencialmente em locais onde não existam”.

Acreditamos que a criação de novos Grupos de Oração Jovem se enquadra nesse planejamento e na ampliação da quantidade de GO em nosso país. Portanto, tudo o que é fruto de escuta profética e de um real mover do Espírito é fecundo e traz um grande benefício à Igreja. Mas o que provêm somente de um capricho humano não produz fruto. Apenas o discernimento do Espírito pode nos levar a examinar tudo e ficar com o que é bom.  O que não podemos é confundir discernimento com medo, covardia e resistência.

34. Como se inicia um Grupo de Oração Jovem?

Não existe uma regra. Acreditamos que, de maneira geral, se inicia como qualquer outro Grupo de Oração: através da ação e mover do Espírito Santo.

De forma prática, esses grupos podem surgir por diversos motivos e situações:

  • De uma turma de crismandos, que se identificaram com a RCC;
  • De adolescentes “crescidos” provenientes do Ministério para as crianças, ou de filhos de membros da RCC;
  • Grupos de Jovens de outras pastorais/movimentos que se identificaram com a forma de se trabalhar da RCC e desejam se engajar;
  • A pedido de algum pároco que deseja um “Grupo de Jovens” na sua paróquia, mas com espiritualidade da RCC;
  • Como consequência de um Retiro de Carnaval ou Encontro de jovens, para quem não participa de nenhum grupo.

Enfim, muitas são as situações e motivações. O importante é que esse Grupo que se inicia tenha acompanhamento de outras pessoas mais experientes, talvez de algum Grupo de Oração Jovem já existente, ou de servos de algum Grupo de Oração próximo, também o conhecimento do pároco local. A Coordenação diocesana/local do Ministério Jovem pode e deve dar durante um tempo um suporte com orientações e formações.  O ideal é que a liderança daquele Grupo Oração Jovem iniciante passe ao menos por uma formação básica de servos.

35. Que tipo de formação o Ministério Jovem aplica para a Equipe Jovem do GO e para Grupo de Oração Jovem?

Para esses servos jovens, o Ministério Jovem transmite formações especificas sobre juventude, como: O Projeto de Formação Sentinelas da Manhã, pronunciamentos da Igreja para a juventude, afetividade e sexualidade, projetos de evangelização que envolvem jovens como, por exemplo, o Projeto Jesus no Litoral e outros.

Para os jovens em geral que participam desses grupos são feitas outras abordagens através de atividades de evangelização, encontros querigmáticos, congressos, shows, retiros de afetividade e sexualidade, entre  outros.

36. O Ministério Jovem pode dar formações de competências de outros ministérios?

O Ministério Jovem dá formações específicas para a realidade dos jovens. As outras formações, tais como: formação de servos, Módulo Básico, formação específica de outros ministérios (pregação, intercessão, música, e outros), devem ser buscadas nos legítimos responsáveis locais e diocesanos dos mesmos.

O que acontece em alguns lugares é que essas outras formações somente são dadas durante a semana, impossibilitando o jovem que estuda durante a semana de participar das mesmas. Uma saída para isso são os responsáveis por essas formações oferecerem outros horários e dias para que o jovem possa participar, ou ainda preparar jovens formadores entre eles para dar essas formações para os outros jovens, seja para a Equipe Jovem do Grupo de Oração, seja para os servos jovens do Grupo de Oração Jovem.

Projeto Sentinelas da manhã

37. O que o é Projeto Sentinelas da Manhã?

É um Projeto de formação específica e integral para a juventude da RCC do Brasil. É uma coleção de materiais, a princípio seriam apostilas, mas que por seu conteúdo se transformaram em livros, que são uma espécie de materiais didáticos, que ajudam na formação dos nossos jovens. Ao todo são cinco livros:

1º – Sentinelas da Manhã: um tempo novo para a juventude;

2º – Sentinelas da Manhã: um caminho de discipulado;

3º – Sentinelas da Manhã: identidade, afetividade e sexualidade;

4º – Sentinelas da Manhã: uma juventude missionária;

5º – Sentinelas da Manhã: Construindo a civilização do amor.

Essa proposta de formação foi assumida como projeto formativo da juventude da RCC da América Latina.

38. Dizem que o Ministério Jovem quer ser um Ministério com estrutura paralela, é verdade?

Sobre a estrutura de organização do Ministério Jovem já apresentamos na resposta na pergunta nº 2. No entanto, é importante esclarecer que a nível nacional, cada Ministério da RCC possui uma estrutura mínima para seu funcionamento visando melhor atender as demandas do Movimento. No caso do Ministério Jovem, a nível nacional, ele possui algumas assessorias tais como comunicação, formação, articuladores regionais, assessor eclesial, conselheiros, e outros, que são um apoio à pessoa do Coordenador Nacional do Ministério Jovem. Essa estrutura está a serviço do Coordenador Nacional e Estaduais do Ministério Jovem. Podendo mudar de acordo com as necessidades e demandas de trabalho, como também com a forma de trabalho de cada coordenação nacional. Essas “assessorias nacionais” podem ser reproduzidas, ampliadas, diminuídas, ou até mesmo adaptadas para a realidade de cada estado e diocese, para melhor servir às coordenações locais do Ministério Jovem em comunhão com a Coordenação Estadual/Diocesana/Local da RCC.

Geral

39. Em encontros como ENF ou qualquer outro em que haja workshops, o Coordenador do GOJ deve ficar no ambiente destinado às coordenadores ou na formação do Ministério Jovem?

É uma dúvida que muitos têm, portanto, por mais que a resposta seja redundante é importante citar: o Coordenador pode nomear, por exemplo, seu auxiliar para tratar de assuntos mais direcionados do Ministério Jovem, ou vice-versa, de acordo com a necessidade. Pois pode acontecer o mesmo com um Coordenador de Grupo de Oração comum que coordena algum ministério (pregação, intercessão, música, etc.) na sua região ou diocese. E nesse caso este também vai precisar usar o bom senso, vendo onde é mais importante que ele esteja naquela ocasião, e saber delegar para que outro o represente no lugar e na ocasião certa. O que não pode acontecer é que nesse caso onde conflitam duas funções simultâneas, se prefira uma em detrimento da outra. As duas funções precisam ser exercidas com igual responsabilidade, devido à particularidade do GOJ.

40. Existe alguma orientação do Conselho Nacional que indica a idade ou estado civil de uma pessoa para fazer parte de um GOJ ou da equipe de servos do mesmo?

Não. Pois é um consenso no Movimento que todo Grupo de Oração é aberto a todos aqueles que desejam participar dele. E acontece que alguns servos mais maduros queiram continuar servindo nesses Grupos. Como também acontece que alguns adultos e casais gostem de participar desses Grupos, mesmo tendo uma característica jovem.

A única observação que fazemos é que se esse Grupo é para jovens, que se favoreça aos servos jovens exercício no protagonismo na evangelização.

Quanto à equipe de servos do GOJ, pode acontecer do pároco/ou coordenação local da RCC determinar que o coordenador seja solteiro, ou tenha uma determinada idade, mas é importante ficar claro que da parte do Conselho Nacional não existe nenhum entrave nesse sentido, sendo, portanto, uma questão a ser tratada a nível paroquial.

41. Mas então, um adulto pode coordenar um GOJ?

Cremos que essa pergunta é respondida com as resposta das perguntas anteriores. Como se trata de um Grupo de Oração Jovem o ideal é que seja um coordenador (a) jovem. Porém, vale lembrar que existem pessoas adultas que possuem um carisma especial para trabalhar com a juventude, que não podem ser excluídas. E em alguns casos onde se está iniciando ou reestruturando um GOJ pode acontecer que o pároco/ ou coordenação local da RCC peça que um adulto coordene esse GOJ, isso é plausível. O importante é que com o tempo se abra espaço para que as lideranças jovens assumam aquele GOJ.

42. O GOJ precisa ter um “assessor adulto” do Grupo de Oração Misto da mesma comunidade?

Claro que é muito benéfico, principalmente se for um casal. Mas não é obrigatório. Todavia, o assessor não pode abafar a atuação do coordenador. Sua função é orientar, sugerir, corrigir, propor, ou seja, ser alguém que caminha junto. Caso haja um assessor é importante que seja o jovem (coordenador) a ser o protagonista. É comum também ter-se um assessor durante o período de formação do GOJ e/ou nos primeiros meses de atividades.

43. Tornei-me um adulto e agora?

Que bom, graças a Deus crescemos e amadurecemos.

Mas é importante dizer que não existe nenhuma norma para a pessoa que completa 30 anos de idade deva sair imediatamente da Equipe Jovem do GO, e ir para outro ministério, ou em outro caso sair do Grupo de Oração Jovem e ingressar num Grupo de Oração “Adulto”.

Essa transição não se faz baseada necessariamente na idade, mas está ligada principalmente ao chamado e ao processo natural da nossa vida. A pergunta que qualquer pessoa que se encontre em um GOJ ou em uma Equipe Jovem deve ser: “A que Deus está me chamando nesse período da minha vida?”. É preciso estar preparado para a resposta, temos que ter o cuidado não nos tornarmos “eternos” no trabalho com a juventude quando, na verdade, Deus está nos chamado para outro serviço. Talvez uma coordenação ou outro ministério. Não somos participantes do “Movimento de Grupos de Oração Jovem”, mas sim da Renovação Carismática Católica. E nem muito menos podemos querer estar para o resto da vida no Ministério Jovem. O normal é que durante a nossa juventude nos envolvamos mais com a evangelização de jovens, e com o passar do tempo, principalmente com as mudanças na vocação, profissão, e outros, assumamos outras responsabilidades. Esse processo, portanto, não deve ser “traumático”, mas natural e bonito.

44. Qual o futuro dos Grupos de Oração Jovem?

Depende. Se um GOJ estiver constantemente renovando seus participantes, mas, sobretudo, sua equipe de servos, então existe uma grande tendência dele permanecer um GOJ, caso contrário, se a equipe não se renova, é perceptível uma mudança natural e o grupo passa, aos poucos, a ter os moldes de um Grupo de Oração Misto e não há nenhum problema nisso, ao contrário, imagine como seria bonito ter um grupo que começou com adolescentes e hoje é conduzido por pais e mães de família. O único cuidado que temos que ter, como já citado, é não gerar “traumas” e “frustrações” desnecessárias, mas deixar que o Espírito conduza. A realidade nos mostra que existe GOJ que existem há 30 anos e se renovaram e nunca perderam a sua característica jovem e geraram muitas lideranças para a RCC e GOJ que se transformaram em GO “mistos” e fazem um grande bem à Igreja.