O Santo Papa Francisco constantemente expressa seu desejo por uma Igreja missionária, uma Igreja em saída. Neste mês de outubro somos convocados a refletirmos sobre a missão. Nós como cristãos católicos não podemos esquecer que o nosso papel fundamental é sermos discípulos missionários de Jesus Cristo (Cf. DAp, n. 146 ). Isso se faz emergencial nas realidades atuais, um mundo onde mais se prega Deus, ainda é um mundo carente de seu amor, por isso precisamos ser homens e mulheres comprometidos e fiéis ao evangelho.

Para melhor meditarmos sobre essa linda tarefa e vocação da Santa Mãe Igreja Católica e nossa (Cf. Mc 16-15), nossos primeiros passos devem partir da sagrada escritura, também precisamos compreender de fato o que é ser missionário!

E o que é ter uma vida missionária? No livro de Isaías (61, 1-3) encontramos respostas para essas perguntas. Trazendo as palavras do profeta ao contexto da missão, entenderemos que ser missionário é ir, ser enviado sob o impulso do Santo Espírito a anunciar a Boa Nova a todo ser humano e principalmente aos mais necessitados, ser um discípulo que sempre está disponível para levar e incluir o outro no plano de amor e salvação que Deus tem por cada um em particular.

Ao longo da história da humanidade muitos foram os que se colocaram a serviço do Reino de Deus (cf. EG, n.264). Vamos ver aqui três pessoas como exemplos para nós missionários da atualidade: Maria, o apóstolo Paulo e são João Paulo II.

Maria, a mãe de Jesus e da evangelização nos ensina a virtude de encontrar com o outro (Cf. Lc 1, 39-40). A mãe da humanidade (Jo 19,25-27) quer nos cobrir enquanto missionários com o manto da obediência: “Fazei tudo que Ele vos disser” (Jo 2, 5b) e nos levar a comunhão (cf. DAp, n.251) com o Mestre, ouvindo sempre a sua voz.

O apóstolo Paulo, antes um perseguidor, ao ter um encontro profundo com Jesus tem sua vida transformada se tornando um autêntico missionário. A exemplo desse fiel apóstolo podemos calçar as sandálias da humildade e da prontidão para com toda audácia anunciar o Evangelho da Paz que é nosso imprescindível dever (Ef 6, 15, 20b).

E por fim, São João Paulo II. Este quer nos ensinar a caminhar com o cajado do amor e da oração, peças indispensáveis na vida missionária. Amor a Jesus Cristo, à sua Igreja e aos irmãos. E não podemos deixar de orar, afinal a oração é a força que sustenta o exercício continuo da missão e da fé.

Esses santos nos inspiram por terem sido em seus contextos e épocas modelos no serviço missionário. E nós, mesmo diante de uma cultura relativista e egocêntrica, devemos assumir o nosso chamado a uma evangelização que transfigure a face da humanidade.

A Renovação Carismática Católica sempre nos propõe a difusão da Cultura de Pentecostes e em consequência o estado permanente de missão. O Ministério Jovem tem realizado isso com parresia diante de suas instâncias, fazendo chegar ao coração de todos o anúncio querigmático. Precisamos continuamente ser carismáticos que aplanem veredas (Mc 1,3) por meio dos Grupos de Oração e das atividades missionárias.

Contudo, é primordial que sejamos missionários que exalem de suas almas o ardente desejo de torna Cristo Jesus conhecido. Que se dediquem a uma evangelização perene, que não se confundam com as miragens desta cultura, mas que caminhem nesta realidade com visão profética, com pés de mensageiros (cf. Is 52, 7). Missionários que ajam com uma alegria que não passa e com uma motivação eterna, deixando tudo para encontrar o tudo (Mt 19, 29).

 

Maria Juliana Leticia Assunção V. dos Santos
Coordenadora do Ministério Jovem da RCC do Estado de Alagoas