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Você pode compartilhar os principais acontecimentos em sua diocese com todo o Brasil por meio de notícias. As iniciativas evangelizadoras e missionárias que acontecem em sua realidade podem inspirar outros e motivar os seus.

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Dicas de produção

Veja algumas dicas que podem ajudar você a comunicar suas notícias de forma objetiva, correta e eficiente.

Texto

Faça um texto com características jornalísticas para valorizar a qualidade da informação. Descreva o que é o acontecimento, quem são os personagens, onde acontecem os fatos, quando, como se deram e o que os motivou.

Textos muito longos podem fazer o leitor perder o interesse. Frases complicadas, com inversões e intercalações podem deixar o leitor confuso. O ideal é ir direto ao assunto, sem rodeios, e preferir sempre a construção mais simples.

Sempre que possível, coloque uma fala entre aspas dos responsáveis explicando objetivos, expectativas, avaliando. Assim também, procure falar com o público para registrar seus depoimentos.

Como uma notícia para a internet, busque um texto mais breve, dentro do necessário para contar sua história. Não há regras para tamanho, mas geralmente com 20 linhas é possível fazer uma boa notícia, mas se o fato comporta mais sem cansar o leitor, vale investir na redação.

Fotos

É fundamental ter imagens para ilustrar o texto na web, são atrativos para o leitor e meio importante para a interpretação dos fatos. Mas é importante observar alguns critérios para garantir a qualidade das imagens, desde a produção:

– Claridade: evite ambientes com luzes fortes ao fundo, quando à noite, se o equipamento não permite compensar a falta de luz, faça imagens mais próximas com alcance do flash;

– Foco: sempre antes do clique calibre o foco da câmera para evitar perder um momento por uma foto tremida;

– Tipo do arquivo: faça fotos com boa resolução, com configurações das câmeras com pelo menos 2 megapixels, resolução de 1200×800 pixel em média;

– Orientação: dê preferência a fotos em paisagem (horizontal), são mais fáceis de utilizar.

Você sabe o que é um lead?

Lead (ou lide) é como os jornalistas chamam o primeiro parágrafo de uma matéria. Nesse primeiro parágrafo, eles procuram fisgar o interesse do leitor, destacando logo o aspecto mais interessante da notícia. No lead, é fundamental responder as seguintes perguntas:

  • O quê: sobre o quê estamos falando?
  • Quem: que pessoas ou grupos participam da notícia?
  • Quando: em que data aconteceu ou vai acontecer?
  • Onde: em que local específico (qual paróquia, qual igreja, qual escola, auditório, etc), em que cidade, em que estado aconteceu ou vai acontecer?
  • Como e Por quê: nem sempre é necessário responder isso no lead, mas muitas vezes é importante dizer as causas do evento do qual a notícia fala, e a forma como ele aconteceu.

E se o lead ficar muito grande? Não se preocupe, você pode dividi-lo em dois parágrafos se precisar.

Veja um exemplo:

[Quem?] O técnico da seleção espanhola, Vicente del Bosque, a diretora Inma Shara e o escritor Leopoldo Abadía [O Quê?] protagonizam a campanha de Natal da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realizará no verão de 2011. Além da campanha, os organizadores preparam um ciclo de cinema religioso com filmes de grande impacto.

[Quando?] A campanha de Natal da JMJ começou no último dia 14 de dezembro [Onde?] na Espanha. [Como?] A ideia é que pais e avós presenteiem a seus filhos e netos com inscrições para a JMJ, que se realizará em Madri.

Você sabe o que significam as palavras kerigma e mistagogia?

Talvez você saiba, mas nem todo mundo sabe. Por isso, sempre que usarmos palavras complicadas, conceitos incomuns ou mesmo termos que são usuais dentro de nossos grupos, mas não tanto fora dele, precisamos dar uma explicação. Afinal, queremos que os leitores nos entendam, não é? A mesma regra vale para gírias e determinadas expressões. Elas devem ser evitadas porque talvez nem todos saibam o que significam, e até podem ter significado diferente conforme a região ou o grupo. 

Siglas, posso usar?

Claro que pode, mas só depois de dizer o que elas significam. Primeiro devemos sempre dar o nome completo, e depois, entre parênteses, a sigla. Por exemplo: Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Fazemos isso apenas uma vez no texto – nas outras vezes em que nos referirmos à mesma instituição, usamos só a sigla.

Outra dica importante:

– Se a sigla tiver até três letras, deve sempre ser escrita em letras maiúsculas. Exemplo: Supremo Tribunal Federal (STF).

– Se a sigla tiver a partir de quatro letras, há duas possibilidades: se as letras não formarem uma palavra pronunciável, todas as letras serão maiúsculas (exemplo: CNBB); se as letras formarem uma palavra pronunciável, apenas a primeira letra será maiúscula (exemplo: Celam).

E as pessoas, como devo tratar?

É muito importante escrever o nome das pessoas da forma correta. Ninguém gosta de ver seu nome escrito errado, não é? Além disso, devemos mencionar o que faz aquela pessoa, para ajudar a identificá-la. Outras dicas:

– Na primeira vez que mencionamos uma pessoa, devemos dizer seu nome completo, ou, se for muito longo, o primeiro nome e o último sobrenome.

– No caso de pessoas do clero e religiosos, devemos sempre mencionar, antes do nome, o seu título (dom, frei, irmã, padre, etc.).

– Cargos Eclesiásticos: são grafados em letras minúsculas (por exemplo: padre, bispo, arcebispo, cardeal).

– Referência: na primeira vez que se menciona um padre, bispo ou arcebispo, deve ser dito o nome de sua paróquia, diocese ou arquidiocese. Por exemplo: “de acordo com o padre João, da Paróquia de Nossa Senhora da Luz…; “Dom Eduardo Pinheiro, bispo auxiliar de Campo Grande…”

– No caso de cardeais, o melhor é seguir o seguinte modelo: cardeal Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo – devemos evitar dizer “cardeal arcebispo de São Paulo”.

– Cargos: se o padre, bispo, arcebispo ou cardeal tiver algum cargo que deva ser mencionado, isso vem logo depois do nome da paróquia, diocese ou arquidiocese (Por exemplo: Dom Eduardo Pinheiro, bispo auxiliar de Campo Grande e bispo referencial do Setor Juventude da CNBB).

E os nomes de lugares?

Nomes de paróquias, dioceses e arquidioceses são escritos em letras maiúsculas (por exemplo, Paróquia de São Francisco; Diocese de Luz; Arquidiocese de São Paulo). Quando não colocamos o nome completo, deve ser escrito em letras minúsculas. Por exemplo, se a notícia trata da Arquidiocese de São Paulo, e no meio do texto digo “a arquidiocese comemora também…”.

Nomes de cidades: com exceção dos nomes das capitais, devemos colocar a sigla do estado entre parênteses . Por exemplo: Belo Horizonte; São Luís; Taubaté (SP); Cruzeiro do Sul (AC).

Outras dicas:

Palavras estrangeiras – devem ser escritas em itálico, exceto quando são usadas como nome próprio.

Uso de maiúsculas – Nomes de campanhas, pastorais, movimentos, etc., devem ser escritos em letras maiúsculas. Porém, quando não usamos o nome completo, usamos letras minúsculas para fazer a referência.  Exemplos: Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens; Pastoral da Juventude; Movimento Regnum Christi (escrevemos em letras maiúsculas porque usamos os nomes completos). Mas: a campanha; a pastoral; o movimento (escrevemos em letras minúsculas porque não usamos o nome completo).

Citações – todas as citações devem estar entre aspas, com o devido crédito. Se se trata da fala de uma pessoa, devemos dizer seu nome, profissão e, se for relevante, idade. Se for algo que estava escrito em livro, revista, jornal, site de internet, etc, devemos sempre dizer de onde foi tirada essa citação.

Números – de zero a dez, devem ser escritos por extenso. A partir daí, são escritos em numerais (por exemplo: oito, nove, dez, 11,12,13,14…). Cem e mil são escritos por extenso também.

Idade – sempre escrita em numeral. Por exemplo: o padre João tem 100 anos.

Simplicidade: quanto mais simples forem as palavras que usarmos, mais interessante e mais claro se torna nosso texto.

Repetições – é chato ver uma palavra repetida muitas vezes no mesmo texto. A nossa língua é muito rica, e é possível evitar repetições de palavras usando sinônimos. Não podemos, no entanto, abrir mão da precisão das informações, mesmo que isso signifique repetir palavras.

*Conteúdo adaptado do portal Jovens Conectados.

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