A Missa de encerramento do Encontro Nacional de Jovens (ENJ) foi presidida por Dom José Negri, bispo da diocese de Santo Amaro (SP), que logo no início, agradeceu aos sacerdotes, grupos de oração e à comissão de organização do evento por tamanho zelo na acolhida a toda juventude carismática.
Dom José meditou neste domingo o Evangelho do Éfeta (Mc 7, 31-37) que traz uma simbologia quando Jesus realiza a cura física daquele homem surdo. Ele explica que isso pode ser entendido como uma patologia que ocorre em qualquer etapa da vida quando a pessoa não se comunica, fica isolada, com o coração fechado. O bispo diocesano fez uma analogia com uma mãe que surge diante de seu bebê. “Logo se vê no bebê a expressão de alegria porque percebeu e sentiu-se amado, contudo, quando alguém se aproxima com o coração fechado, a criança reage a este sentimento com o choro”, aponta. Com o passar do tempo, a criança se torna adolescente e essa linguagem é adaptativa ao tempo.
“Deus abre o coração para cada pessoa e usa Sua Palavra para falar, portanto quem entra nessa dinâmica de Deus tem o coração totalmente aberto. Quando encontramos um rosto alegre, é porque essa pessoa abriu o coração e consegue sorrir para vida sabendo que enxerga com os olhos de Deus. Agora, quem está no pecado se fecha para vida e facilmente se percebe a ausência da alegria”, observa.
O bispo também falou sobre a vida de Santa Teresinha do Menino Jesus que é padroeira da juventude, e destaca o episódio quando a santa entra no convento. Recorda que, ela foi encarregada de cuidar da vida de outra irmã que era mal humorada, não se comunicava e vivia no isolamento. Dom José conta que “Santa Terezinha começou a dar atenção e distribuir amor para essa irmã. Esta ficava incomodada com estes gestos, mas aos poucos começou a abrir seu coração para o amor e compreendeu que podia ser melhor com as pessoas. Ao final esta irmã morreu feliz porque foi alcançada pelo amor”.
Ao recordar as palavras do Papa Francisco, diz que não devemos falar mal dos outros, mas sobretudo, “cuidar do nosso ouvido e da nossa boca porque a língua serve para louvar o Senhor, mas para isso é preciso ouvir o próximo”. Assim, ele convida os jovens carismáticos a transmitir a alegria de ouvir o Evangelho conquistando o sorriso no próximo. “Sejam promotores do Evangelho e da Cultura de Pentecostes ao retornar para seus Grupos de Oração e à vida na sociedade”, conclui.
Ao final da celebração, Patti Mansfield Gallagher, disse a profecia “Eu quero amar Jesus como Ele nunca foi amado antes” e partilha que durante a comunhão teve um sentimento voltado aos jovens: “O que vocês viram diante dos seus olhos é somente o começo, saíamos para um novo Pentecostes. Na história de Pentecostes, homens e mulheres receberam uma porção do meu Espírito, abram seus corações para compreender que ainda verão muito mais do que pediram”.
O ENJ 2018 aconteceu de 7 a 9 de setembro no Santuário Mãe de Deus, em Santo Amaro (SP) e reuniu mais de 5 mil jovens carismáticos de todos os cantos do Brasil.
Foto: MCS Brasil